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sexta-feira, 21 de março de 2014

8° ANO - ILUMINISMO - EM BREVE

1) ILUMINISMO

Deve ser entendido como um movimento de caráter filosófico e burguês que, pautado na razão e no individualismo, criticou as velhas estruturas do ANTIGO REGIME (a Europa Absolutista) e sugeriu a construção de uma nova ordem nos campos da política, economia, cultura e sociedade – UMA ORDEM CAPITALISTA. Serviu como referencial teórico para as revoluções burguesas na Europa e para as independências na América e criou as bases do pensamento contemporâneo.

PRINCIPAIS CRÍTICAS:

·        ao ABSOLUTISMO, considerado um modelo de governo injusto pela imposição da vontade de apenas um homem sobre os demais, contrariando o direito de todos à liberdade e à igualdade;

·        ao MERCANTILISMO, por ser um desdobramento do absolutismo no campo econômico. O Estado opressor e controlador deve ser substituído pela livre concorrência, pela liberdade de mercado.

·        aos PRIVILÉGIOS DA NOBREZA E DO CLERO, classes estéreis que usurpam o direito de representação da maioria.

·        à IGREJA, enquanto instituição que cega o indivíduo, estimula-o à acomodação e resignação e não à luta contra a tirania ou ao uso do pensamento racional.

·        à SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME, baseada em estamentos e perpetuadora das relações de dominação.

·        aos RESQUÍCIOS FEUDAIS, como as relações servis de trabalho ainda existentes em alguns campos da Europa.

O ILUMINISMO teve seu momento máximo na França do século XVIII, o chamado SÉCULO DAS LUZES, mas seus precursores estão entre os pensadores e cientistas do século XVII: René Descartes, Issac Newton, Kepler, Francis Bacon e John Locke.

·        - o Liberalismo de JOHN LOCKE – o Estado existe sob a forma de um contrato entre GOVERNANTES E GOVERNADOS.  A função do Estado é garantir os “DIREITOS NATURAIS” dos indivíduos: DIREITO À VIDA, LIVRE EXPRESSÃO, PROPRIEDADE PRIVADA E IGUALDADE JURÍDICA. Os governados têm direito de se representarem junto ao poder e de resistir à autoridade e repressão do Estado.

·        - o Racionalismo de DESCARTES – somente a dúvida, o questionamento e a crítica são capazes de promover um conhecimento verdadeiro aos homens. A razão deve ser a arma transformadora dos indivíduos e da sociedade.

·        - o Mecanismo de Newton – o universo é autônomo, tem uma dinâmica própria. É regido pelas “LEIS NATURAIS”, que explicam os fenômenos e dão movimento ao universo. Cabe ao homem conhece-las e dominá-las para o bem da humanidade. (Ciência).

PRINCIPAIS FILOSÓFOS:

·        MONTESQUIEU = “O Espírito das Leis” = defendia a separação e a delimitação dos três poderes, bem como sua harmonia. Qualquer tipo de governo é aceitável desde que tenha poderes políticos separados; o poder de fazer as leis (legislativo), o poder de executá-las (executivo) e o poder de apreciá-los (judiciário). Devem agir separadamente mas em estado de cooperação.

·        VOLTAIRE = “O Dicionário Filosófico” e “Cândido” = grande crítico do Estado e da Igreja. Para ele, a liberdade é o maior direito natural do homem. Defensor do livre pensamento e da democracia intelectual (liberdade de expressão).

·        ROUSSEAU = “Contrato Social” e “Emílio” = foi o maior dos filósofos iluministas. Pregava a democracia política, a igualdade e o combate à tirania. Para ele o governo só tem o poder quando limitado pelo povo e deve agir em nome desse. Caso o “contrato social” não seja cumprido o povo pode rompê-lo. (....0 Propriedade privada,,,,

·        DIDEROT E D´ALEMBERT = “Enciclopédia” = chamados enciclopedistas, organizaram um conjunto de 35 livros que se propunha a organizar sistematicamente o pensamento humano nos mais diversos campos do conhecimento.

TEORIAS ECONÔMICAS

A filosofia não fica nos campos político e social. Foi atuante nas críticas às velhas estruturas econômicas mercantilistas da Europa e sugeriu novos modelos que acabaram por embasar a economia capitalista que se consolidava naquele momento. Duas correntes ou teorias merecem destaque:

         - FISIOCRACIA – Quesnay – critica, assim como o Liberalismo Econômico, a intervenção do Estado na economia. Tem como máxima a expressão “laissez-faire, laissez-passer”, que sugere a isenção estatal numa economia que é capaz de se alto regular pela lei da oferta e da procura e onde deve prevalecer a livre-concorrência e o livre cambismo. Os fisiocratas eram favoráveis a uma economia que privilegiasse a agricultura, considerada a maior riqueza de um país.

         - LIBERALISMO ECONÔMICO – Adam Smith – integrante da chamada “Escola Econômica Clássica”, sua principal obra foi “ A Riqueza das Nações”. Seguidor dos princípios de não intervenção estatal, livre mercado, livre cambismo etc.. No entanto discorda dos fisiocratas no que diz respeito a maior riqueza de um país. Para Adam Smith a principal riqueza é o trabalho, conjugado com a aplicação correta do capital, explorado de forma intensa e racional. Exemplo dessa exploração racional é a divisão racional é a divisão ou especialização do trabalho, que pressupõe maior volume na produção.

DESPOTIMO ESCLARECIDO = Foi uma tentativa de reformar o Absolutismo. Uma tentativa de conciliar Absolutismo e Liberalismo, modernizando o Estado, tornando-o menos burocratizado e adaptando-o às novas realidades do mercado. Essa atitude fracassa diante da incompatibilidade e antagonismo desses dois sistemas. Não passou de uma última cartada absolutista para tentar conter o avanço capitalista-burguês no velho continente.

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